Série: A maldição do Cervo - Parte 1

   Essa história vai ser criada por mim, Luis, e pelo Vinicius. Neste primeiro capítulo não foi criado com a ajuda dele, mas vamos discutir os próximos e os criar...



                           A MALDIÇÃO DO CERVO

                                                             PARTE 1



    As imagens estavam dançando em minha mente.

   Todas as memórias sumiram.

   E no fim só restou a escuridão, eu e ele, juntos a nossa maldição.

   Eu tinha uma vida normal, dias que passavam rápidos e lentos, sem muitas emoções, não era um exemplo de uma vida completamente feliz, mas era aceitável, até vir um cervo e ferrar com tudo aquilo acontecer.
   Eu não disse meu nome a vocês, meu nome é Meg, não sei o motivo desse nome, acho que foi frescura dos meus pais já que eu nasci e vivi no Brasil. Minha melhor amiga era a Bianca, uma adolescente loira e de olhos azuis que eu conversava, na verdade eu não era amiga dela, apenas fingia ser pelo motivo que ela pagava meu lanche, mas isso é outra história. Um dia eu e ela estávamos comendo pastel numa das mesas da escola e ela disse:
- Você me acha bonita ? - Disse tal com convicção, é claro que eu achava ela bonita. - Ou eu sou feia ?
- Aiiii amiga... - Não, eu não achava que ela minha amiga, achava ela linda, mas não podia saber disso pois queria que caísse do salto. - CLARO QUE NÃO, VOCÊ É FEIA SIM, ENGORDOU PRA CARAMBA, SEU CABELO TÁ RUIM, SUA PELE TÁ PÉSSIMA... PÉSSIMA DE VERDADE, E ESSA ESPINHA AE ?
- É meu rosto...
- Ah. desculpe...
   Sei que vocês devem ter notado  o quanto eu fui "educada", e devem estar comentando: "Ela é sua amiga, trate melhor seus amigos", mas eu detesto essa horrorosa, era "feia" e falsa, fora que eu só era amiga dela pelo dinheiro. Foi neste momento que ela me citou algo que assombrou todos meus sonhos, me fez ter calafrios e eu sabia, minha vida nunca seria a mesma depois daquela história:
- Amiga, ontem eu estava em casa com meu novo namorado...
- Lucas ?
- Não, Wellington, eu troquei ontem...
- Como você faz a cada semana...
- Esquece isso, só estava eu e Wellington, falando em namorados, o que aconteceu com Bruno, seu último namorado ?
- Foi atropelado por um ônibus...
- Acho que não quero saber desta história, mas continuando, estava eu e ele naquele maior clima, jogando pokémon online...
- Qual ?
- Deluge Rpg...
- Ah, esse é dos bons...
- Mas então resolvemos apagar a luz e contar histórias de terror...
- Você estavam sozinhos ?
- Não, minha vó tava lá, mas ela não acorda desde semana passada...
- Continue...
- Eu contei uma história bem fraquinha, sobre um família assassinada a sangue frio e seus corpos expostos em praça publica, com um cheiro ruim e sangue saindo do nariz capaz de fazer você ter um treco, essa foi fraca, mas ele me contou uma coisa que eu vou lembrar e  me assustar até o fim do mundo, mesmo depois de meu último momento...
- O que é ? - Eu comecei a ficar interessada. - Diz logo...
- Uma história... Sobre uma maldição... UM CERVO QUE TACA UMA MALDIÇÃO BEM NA SUA FUÇA...
- Olha, a parte do Cervo eu posso entender... - Eu até sabia o motivo dela estar tão assustada por causa do Cervo, quando eu era criança meu primo foi atacado por um que o bateu tentando roubar seu sanduíche, meu primo nunca mais foi visto. - Mas uma maldição ?! Por favor, isso não faz o menor sentido, tem de ser muito burro pra acreditar, maldições não existem...
- E CERVOS ? CERVOS EXISTEM...
- Tá nervosinha e começou a gritar em Caps Lock ? Essa história não faz nenhum, eu repito, nenhum sentido...
- Olha, você não estava lá, a lenda conta que a tempos atrás, entre arvores e mato existia um cervo... Só que esse cervo era diferente, seus chifres tinham defeitos e eram muito frágeis, todos os outros zombavam dele por isso. Até que um dia ele se revoltou, pegou uma AK-47 E MATOU TODA A ALCATEIA !
- Alcateia não é de lobo ?
- Tanto faz, ok, ele matou toda a cambada... Mas antes de morrer, o Cervo mais velho olhou para ele e disse: Eu lhe jogo uma maldição, você terá os melhores chifres e uma ótima vida, mas quando morrer em vingança sua alma estará perdida pela terra e qualquer um que lhe invocar, você os matara e nunca terá paz, pois sua lenda vai se espalhar além das gerações...
- Só isso ? Foi a coisa mais idiota que já ouvi na minha vida, sério mesmo, Cervos não falam...
- Mas você não ouviu a melhor parte...
- Pior não fica...
- Wellington me ensinou a invocar o maldito Cervo...
- Quais são os passos ?
- A meia noite você tem de ir na frente do espelho e com os dedos imitar dois chifres, colocar eles na cabeça e ficar gritando:"CERVO, EU LHE INVOCO", grite três vezes, a partir dai pegue um copo da água e jogue no espelho, em pouco tempo ele vai te perseguir até o momento que ele lhe mate...
- Sério isso ? Wellington lhe contou isso ? Seu namorado só disse isso pra te assustar...
- Na verdade ele não é mais meu namorado, troquei ele pelo Joaquim...
- Mas isso é brincadeira com você...
- Vou lhe provar que a lenda é verdadeira, durma na minha casa essa noite e faremos o ritual, depois vamos ver quem estava certa e quem estava errada...
   Eu aceitei, obviamente queria ver a cara dela de decepção quando tudo desse errado e ficasse tão irritada que fosse matar esse Wellington, o ex-namorado dela. Na verdade eu odiava essas malditas lendas falsas, e só iria dormir lá por que tem comida e Netflix, então tá, essa é a verdade...
   Eu e ela voltamos para casa, olhei para minha mãe e perguntei:
- Mãe, posso dormir na casa da Bianca ?
- Na verdade eu preferia que você ficasse em casa e...
- Obrigado, vou pegar minhas coisas e já vou indo...
   Subi as escadas correndo eu morava no sotão e comecei a pegar minhas coisas, roupas, meias, maquiagens, o videogame, televisão, carros, a casa, nárnia, etc... E quando me virei estava na minha cama um papel escrito em vermelho sangue (não era sangue, era que a cor lembrava sangue), uma mensagem estranha: "Não faça o ritual !", Eu pensei: "A idiota da Bianca deve ter entrado aqui como uma ninja e deixado essa mensagem pra me assustar..." E então continuei a arrumar minhas coisas e logo desci as escadas trupicando.
   Então assim eu passei o resto do dia na casa da Bianca, com ela e os outros cinco namorados, até que depois de um tempo eles foram embora. Eu fiquei vendo uns filmes na televisão, tais como Sharknado e Cocô entalado 3 Exterminate. Porém, chegou nosso toque de recolher feito por sua mãe, eu perguntei a Bianca:
- Mas você não disse que ela estava morta ?
- Não Meg, disse isso pra não ir pro colégio terça...
   Mas nosso despertador tocou 23:56, tempo suficiente para preparar tudo pro ritual. Bianca pegou um espelho grande e liso da avó dela e deixou em cima do sofá quase caindo, e voltou a cozinha pegar um copo da água, na verdade quanto a isso não usamos bem água, e sim coca cola, é que a gente mora no nordeste...
   Meia noite bateu, Bianca e eu nos colocamos de pé diante do espelho e gritamos juntas:
- CERVO, EU LHE INVOCO ! CERVO, EU LHE INVOCO ! CERVO, EU LHE INVOCO !
   Nada por enquanto, apenas a nossa voz batendo entre paredes e produzindo ecos abafados em tijolos. Bianca olhou em meus olhos e disse:
- Temos de fazer isso, jogue a água, quer dizer, o refrigerante no espelho...
   Eu não pensei duas vezes, joguei o refrigerante, porém, o copo foi junto e bateu no espelho, ambos cairam no chão e se espatifaram, quebrando em mil pedaços que no mais simples e delicado movimento poderiam nos cortar e jorrar sangue pra caramba, não era disso que a gente queria. Não aconteceu nada, só apareceu a mãe da Bianca xingando e mandando nós de volta para o futuro para a cama.
   No outro dia eu acordei e resolvi voltar pra casa, pelo fracasso da noite anterior. Me arrumei e fui ao colégio, Bianca já me esperava com a maior cara de bunda, eu disse zombando:
- Eu disse que era mentira, viu, você não acreditou...
- Tudo bem, já vi que a lenda era falsa, ok ? Não precisa ficar jogando na cara...
   Sai de lá rindo e zombando, ela não estava muito feliz com o fracasso da história e preferia estar morta do que amaldiçoada. Sabe lá o por que mas naquele dia eu cai de cara nos estudos, e fiquei até tarde fazendo trabalho, sozinha na sala, agora sei o quanto isso foi idiota de minha parte.
   Quando acabou estava escuro e a escola deserta, quase noite, decidi que ai chover e passei no vestiário das meninas, geralmente elas deixavam o guarda chuva lá e eu poderia muito bem surrupiar algum de um armário. Entrei e ninguém tinha fechado, tiro e queda, achei um perdido embaixo do banco e logo tratei de puxar para mim, feliz eu sai de lá, mas quando olhei para a porta se formavam nas sombras uma cabeça parecida com a de um veado, e também chifres, longos chifres, eu logo notei, existia um Cervo parado olhando para mim e notei que aqueles podiam ser meus últimos momentos com vida.

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO... 



 

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